Comunidade bitcoin promove boicote ao JPMorgan após queda de preço
O JPMorgan Chase, um dos gigantes financeiros dos Estados Unidos, voltou a ser alvo de controvérsias envolvendo a comunidade de bitcoin. Recentemente, o banco passou a fechar contas de diversos membros desse universo, alegando “desinteresse comercial”. Esse ato gerou críticas generalizadas e até acusações de que o banco estaria criando um clima de pânico que impactou negativamente o valor da moeda digital.
Um dos afetados foi Jack Mallers, o fundador da corretora de bitcoin Strike. Ele recebeu uma carta do JPMorgan informando sobre o fechamento da sua conta e, em um gesto irônico, decidiu emoldurá-la, compartilhando a imagem nas redes sociais. Mallers destacou: “Sim, estou tão orgulhoso que consegui emoldurá-la”. Essa atitude divertida pouco aliviou a indignação da comunidade sobre a postura do banco.
Além disso, um novo relatório do JPMorgan trouxe mais agitação ao setor. De acordo com o banco, um estudo que será divulgado em janeiro de 2026 pela MSCI pode sugerir a exclusão da MicroStrategy dos principais índices de bolsa. MicroStrategy é famosa por sua forte aposta em bitcoins, liderada pelo bilionário Michael Saylor. Essa informação deixou a comunidade ainda mais revoltada, levando a senadora Cynthia Lummis a criticar as ações do JPMorgan, afirmando que o banco está implementando uma “Operação ChokePoint 2.0”, uma suposta estratégia para sufocar a indústria de criptomoedas nos Estados Unidos.
Lummis também alertou que as políticas do JPMorgan estão minando a confiança do público nos bancos tradicionais e empurrando o mercado de ativos digitais para fora do país. Em seu perfil recentemente, ela expressou que já é hora de acabar com essa operação e transformar os EUA na capital global dos ativos digitais.
Ações do JPMorgan e a reação de figuras políticas
Desde a candidatura presidencial de Donald Trump, houve promessas de transformar os EUA na capital do bitcoin. Seu filho, Eric Trump, tem se envolvido ativamente no setor por meio da empresa AmericanBTC, uma das vinte maiores do mundo em termos de reservas de bitcoin. Apesar do histórico de Trump, ele deixou claro que não convidaria o CEO do JPMorgan, Jamie Dimon, para seu governo, reconhecendo o executivo, mas optando por não estabelecer uma relação próxima.
As redes sociais revelam que Trump já criticou publicamente Dimon por suas ações que não apoiavam o movimento MAGA. Ele desabafou anteriormente: “Jamie Dimon, o superestimado globalista CEO do JP Morgan, está discretamente promovendo Nikki Haley, que não apoia nosso movimento. Não sou fã de Jamie, mas tive que lidar com ele quando pediu apoio na Casa Branca.” Essa tensão pode eventualmente levar a um embate direto entre Trump e o JPMorgan, dado o clima atual.
Por outro lado, alguns influenciadores que apoiam Trump já estão se manifestando contra o banco. O bilionário Grant Cardone declarou que fechou sua conta na instituição e incentiva outros a fazerem o mesmo. Ele é conhecido por sua defesa do bitcoin e já acumulou uma quantidade considerável dessa moeda digital. A declaração de Cardone por si só sugere que, nos bastidores, movimentos contrários ao JPMorgan estão se intensificando entre os apoiadores de Trump.
Essas reações demonstram como as ações de um grande banco podem impactar não apenas o mercado de criptomoedas, mas também relações políticas e sociais. A comunidade financeira está observando de perto o desenrolar dessa situação, que promete gerar ainda mais discussões e reações nos próximos dias.





